A Violência contra as Mulheres é talvez a mais vergonhosa violação dos direitos humanos.
Designa-se por “violência doméstica” todo o tipo de agressões que existem no seio de uma relação familiar, seja entre os membros de uma mesma família, seja entre aqueles que partilham o mesmo espaço de habitação. Pode tomar a forma de violência psicológica e mental, que inclui agressões verbais, humilhações, ameaças, perseguição, clausura, privação de recursos físicos e financeiros, dificultação de contactos com familiares ou amigos. Em muitos casos chega à agressão física, que pode ir das violações, empurrões, beliscões, pontapés, socos, agressão com armas ou objectos pesados, abandono, expulsão de casa e até espancamentos até à morte.
A violência doméstica atinge crianças, mulheres, idosas, deficientes ou doentes.
Estatisticamente a violência contra a mulher é muito maior do que a contra o homem. Em geral os homens que batem nas mulheres, o fazem entre quatro paredes, para que não sejam vistos por parentes, amigos, familiares e colegas do trabalho.
Fases do ciclo de violência doméstica:
1 – Fase de “acumulação de tensão”- A irritabilidade do homem vai aumentando sem razão compreensível e aparente para com a mulher. Intensificam-se as discussões por questões irrelevantes e as agressões verbais.
2 – Fase de “explosão violenta”- O homem descontrola-se e concretiza os actos violentos. Insulta e bate na companheira, atira e parte objectos, embebeda-se, permanece calado vários dias, agride emocionalmente. O homem trata de demonstrar a sua total superioridade em relação à mulher.
3 – Fase da “lua-de-mel”- Na verdade não é correcto chamar a este período de “lua-de-mel”, já que este bom momento pode não ser tão idílico. Pode ser o tempo mais difícil para a mulher, que se sente confusa e desorientada. Seria mais adequado chamar-lhe período de “manipulação afectiva” porque o agressor se sente contrariado depois de cometer o abuso. Neste momento de “desdobramento emocional”, sente remorsos pelas suas atitudes. Pede perdão, chora, promete mudar, ser amável, bom marido e bom pai. Esta atitude costuma ser convincente porque o agressor se sente culpado. E a vítima tende a acreditar numa mudança.
4 – Fase de “escalada e reinício do ciclo”- Uma vez perdoado pela companheira, começa de novo a fase da irritabilidade, a tensão aumenta e termina a fase relativamente agradável. Quando ela tenta exercer a autonomia recém-conquistada, ele sente de novo a perda de controlo sobre ela. Tem início uma nova discórdia e com ela o reiniciar do ciclo da violência.
Estas fases vão-se sucedendo, em espiral, com episódios agudos cada vez mais intensos e com um ciclo cada vez mais curto, até que as vítimas deixam de acreditar na mudança prometida e decidem denunciar as agressões de que são vítimas.
Linha de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica
800 202 148
1 Comments:
.... e a linha de apoio ao homem que sofre violencia? :))
Ah pois é,o rola da massa pesa bastante ;).
Leo
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