A mensagem...

No último dia do mês de Agosto fui jantar uma bela de uma francesinha, com uns amigos. Estava deliciosa!... À saída do restaurante, fui surpreendida com uma mensagem. Quando a li fiquei chocada, aterrorizada, triste, eu sei lá. A Sandrinha tinha-me comunicado que eu já tinha sido colocada. Não estava à espera de uma notícia daquelas. Além de não ser muito perto de casa, não é uma zona muito agradável, posso até dizer que é complicada e problemática. Confesso que fiquei receosa e com medo. Os meus amigos só se riam da minha expressão, e como se não bastasse, passaram o resto da noite a gozar-me. Diziam que eu tinha que ir para a escola com um guarda-costas, que podia ficar sem o carro, que os alunos usavam navalhas dentro da sala de aula em vez de lápis, enfim eles assustaram-me imenso.
Esta escola situa-se no centro do Porto, numa zona de bairros de habitação social, e à semelhança de outros bairros sociais desta ou de outras freguesias da cidade, caracteriza-se hoje por ser um espaço marcado por um conjunto de problemas sócio-económicos, que afectam negativamente a vida quotidiana do bairro.
Enquanto não ia ver a escola e o local, com os meus próprios olhos não descansei. No dia seguinte, levantei-me bem cedo e fui lá apresentar-me. O local não é tão bom como o de Loures, nem como o da escola do Fanqueiro, mas não era assim tão mau como diziam. Fui bem recebida pelas minhas novas colegas de trabalho (cerca de 26 colegas), e até consegui o que queria. Um óptimo horário (o da manhã), e ficar sem turma. Vou integrar um projecto que a escola tem, dar aulas de expressão plástica aos alunos e organizar as festas da escola, o que é óptimo.
Imaginem que eu até tenho um shopping (Dolce e Vita) pertinho da escola, tal como no Fanqueiro (Loures Shopping). Sempre que lá for vou lembrar-me das almoçaradas e das saladas nas “Vitaminas”. Já tenho saudades desse tempo.
Eu sou uma mulher cheia de sorte. Que mais quero eu?